quarta-feira, 21 de abril de 2010

Carruirá

Carruirá


Vejo um brilho no horizonte,

Olho as estrelas sorrindo,

Com esta leve brisa,

Em uma linda noite

Banhada pela luz serena da lua.


Deitado em um tapete,

Sobre um gramado verde,

Reflito que nossa sede,

Por ganhar notinhas verdes,

E ter mais que outras gentes,

Nada mais é, neste alpendre,

Do que a vontade de uma alma doente,

De preencher seu vazio insolente.


Enxergo nas coisas simples da vida,

Na beleza de uma rosa,

Na quietude de um rio calmo,

Na festa das aves de uma floresta,

No canto do sabia,

E no ciscar da seriema,

Uma alegria tão grande,

Em criaturas tão simples,

Em fazeres tão inocentes,

Que digo agora, em pauta, sem mentiras,

Invejo os bichos no seu dia-a-dia,

Por não estarem aqui, correndo desordenadamente

Brigando por um punhado de papel manchado de verde.

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